Farroupilha é constituído por um conjunto de inventários de temas como: o Palácio Farroupilha – a assembléia legislativa do Rio Grande do Sul –, o Acampamento Farroupilha – evento que acontece anualmente em Porto Alegre –, o desfile da Brigada Militar no 20 de setembro – data do início da Farroupilha –, o Cerro dos Porongos – o palco do massacre –, ativistas do movimento negro gaúcho – que retomam a imagem dos Lanceiros Negros –, atores amadores que participam de uma peça sobre a revolução, retratos de “Prendas” – forma como são chamadas as mulheres do movimento tradicionalista gaúcho – e monumentos, entre outros.
O livro propõe a discussão sobre como um fato histórico é apropriado e recriado a posteriori, de acordo com os interesses ideológicos dos grupos que lutam pelo poder.
A Revolução Farroupilha, em muitos aspectos, é a antítese da Cabanagem. Apesar de ter sido concomitante – ocorreu entre 1835 e 1845 – aconteceu na região sul do país, teve origem na elite que se sentia prejudicada pela política econômica do Império e causou muito menos mortes.
Com o passar dos anos, a Farroupilha transformou-se em um dos principais fatos principais da mitologia regional, foi apropriada pelo movimento conservador e hoje é celebrada anualmente. Sua história aparece em diversos livros, filmes e é citada no hino do estado do Rio Grande do Sul.
A publicacão integra o projeto Rastros, traços e vestígios de André Pentaado que engloba também os livros Cabanagem, Missão Francesa. Foi pensado como um conjunto que se completará, futuramente, com Descobrimento e Independência.
Farroupilha
André Penteado
Textos: Jocelito Zalla, Ronaldo Entler
Design: Celso Longo
Português | Inglês
2020
Capa Brochura
224 pp